Seminário na Assembleia de Santa Catarina debate Políticas Públicas para Mulheres

A Presidenta da Confederação dos Trabalhadores do Serviços Público Municipal (Confetam/Conatram), Jucélia Vargas, participou, na última sexta-feira (12), de um Seminário na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) junto a outras lideranças femininas para debater “Política, igualdade e representatividade nos espaços de poder”.

O evento contou com a presença da ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, e teve como objetivo debater os programas, ações e projetos desenvolvidos pelo Ministério das Mulheres do governo federal, bem como discutir a violência política de gênero e a representação feminina nos espaços de poder.

Durante a palestra, a ministra apresentou o relatório de transparência previstos na lei de igualdade salarial, mostrando que gerentes mulheres ganham muito abaixo dos homens. “As mulheres ganham 19,4% a menos que os homens na entrada e na função de gerente a diferença é de 25%”, pontuou Cida Gonçalves, ao defender que a luta contra a desigualdade precisa avançar como “causa prioritária”.

“Enfrentar a misoginia é prioritário para enfrentar todas as formas de discriminação e preconceito, precisamos que a população saiba que existe o ódio contra as mulheres e precisamos que os homens estejam com a gente”, ressaltou a ministra das Mulheres.

A deputada e procuradora Especial da Mulher da Alesc Luciane Carminatti (PT) comentou sobre a luta das mulheres. “São pessoas que lutam para construir um estado de justiça e democracia. Aqui não há convidadas para falar mal das feministas, não estão aqui para divagar sobre preconceitos, nem para dividir a sociedade ou para hierarquizar. Aqui as mulheres não são suportes, não estão ao lado, mas na linha de frente dos enfrentamentos que precisamos fazer”, afirmou Carminatti ao destacar a luta contra a violência política e a desigualdade salarial.

Jucélia Vargas, presidenta da Confetam/Conatram, reforçou a importância de combater a violência política de gênero e garantir que as mulheres não sejam apenas "laranjas", mas tenham participação difusa e efetiva nos espaços de poder. "É fundamental que essa luta seja travada em todos os estados para reduzir a violência a cada ano eleitoral e assegurar que as mulheres não sejam apenas utilizadas como peões, mas tenham voz e presença significativa", enfatizou Jucélia.