Municipais iniciam Congresso que debate a conjuntura política de 2022
Nesta sexta (11) teve início o 8º da Confetam/CUT e o 3º Congresso da Conatram/CUT.
Publicado: 11 Março, 2022 - 22h07
Escrito por: Thiago Marinho
Na noite desta sexta (11/03) teve início o 8º Congresso da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) e o 3º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores Públicos Municipais (Conatram/CUT).
Nas boas vindas das atividades, a presidenta da Confetam/CUT, Jucélia Vargas, destacou: “O congresso é um importante momento para nós que promovemos uma longa caminhada de luta. É fundamental esse encontro para que possamos fazer uma análise de conjuntura do movimento sindical atual. Precisamos focar na valorização dos servidores e por um serviço de qualidade, reavaliar nosso plano de lutas e ampliar nosso momento nossa luta”.
Convidada da abertura dos eventos, Denise Diau, secretária da sub-regional para Brasil da Internacional de Serviços Públicos (ISP), afirmou que a luta dos próximos quatro anos será imprescindível para os servidores. “A luta será pela reconstrução do Brasil nos próximos anos. Precisamos reagir aos ataques e isso é a ordem do dia. Lula quer debater um novo código de trabalho e também as relações de trabalho democrático. Necessitamos com urgência da retomada da valorização e das políticas a favor dos servidores em todas as esferas. Os servidores sempre serão protagonistas”, enfatizou a representante internacional.
A abertura contou também com a participação da Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Nacional, Junéia Batista, que exaltou os ganhos dos últimos anos e desafios para os próximos. “Fizemos um trabalho transformador nos últimos tempos, principalmente barrando a PEC 32, mas os desafios são imensos. Temos que fazer uma base sólida e visitarmos os espaços de trabalho. Convivemos com o aumento das terceirizações e ataques aos servidores. A luta principal é para a sobrevivência do serviço público”, declarou.
Análise de Conjuntura
Para traçar um panorama sobre a atual conjuntura política e sindical, o primeiro dia do Congresso contou ainda com a presença do Fausto Augusto Junior, diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Na tradicional análise de conjuntura, Fausto afirmou que “teremos a eleição mais importante de nossas vidas em outubro. A disputa não será somente sobre governos e sim sobre o formato civilizatório. Lula está em vantagem, mas a eleição não está vencida. Cada vez mais caminhamos para uma eleição mais polarizada e uma disputa de modelo de sociedade. A ordem é lutar, resistir e vigiar”, conclama.
A programação do primeiro dia foi encerrada com as falas de diversas correntes políticas. O foco principal foi trazer para o campo das discussões questões que possam promover a valorização dos servidores municipais. Participaram Graça Costa, pela corrente Articulação Sindical, Marcelo Manduca, da Esquerda Popular Socialista e Vlamir Lima, da corrente O Trabalho.
Amanhã (12), a partir das 9h, o Congresso segue com a apresentação das diretrizes, aprovação do Plano de Lutas e leitura e aprovação de moções.