Municipais de 14 estados aderem à segunda Greve Geral contra o desgoverno Temer
Em Sergipe, 20 sindicatos da categoria aprovaram a adesão à paralisação nacional. No Rio Grande do Norte, municipais de 16 cidades pararam
Publicado: 02 Julho, 2017 - 18h27
Escrito por: Déborah Lima
Na segunda Greve Geral da classe trabalhadora contra o desgoverno do presidente ilegítimo Michel Temer, realizada nesta sexta-feira (30) em todo o Brasil, servidores públicos municipais fizeram bonito. Em 14 estados, eles cruzaram os braços contra as reformas trabalhista e previdenciária, a Lei das Terceirizações, o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos e em defesa da aprovação da PEC das Eleições Diretas.
Em Sergipe, 20 sindicatos de trabalhadores municipais do Estado decidiram aderir à paralisação. Os municipários cruzaram os braços em Campo do Brito, Malhada dos Bois, Nossa Senhora do Socorro, Canindé de São Francisco, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora da Glória, Riachuelo, Monte Alegre, Poço Verde, Malhador, Tomar do Geru, Itabaiana, Divina Pastora, Propriá, Cristinápolis, Amparo do São Francisco, Estância e Arauá, Santo Amaro das Brotas, Santa Luzia do Itanhy e São Francisco.
No Rio Grande do Norte, municipais de 16 cidades aderiram à Greve Geral. Os servidores dos municípios do Alto Oeste participaram dos atos em Água Nova e Marcelino Vieira. Os municipais da Região Central do Oeste foram para Pau dos Ferros. Os funcionários das prefeituras próximas da Região Oeste dirigiram-se para Upanema, Baraúna, Tibau e Mossoró. Os municipais do Vale do Açu reforçaram os atos em Pendências, Ipanguaçu e Jucurutu. São João do Sabugi, Parelhas, Currais Novos, Caicó e Carnaúba dos Dantas receberam os municipais da Região do Seridó. Os demais servidores municipais do Estado deslocaram-se para a Capital Natal, onde participaram de manifestação em frente ao Shopping Midway.
Rodoviais e porto bloqueados
Em Santa Catarina, os municipais de Chapecó e Região ajudaram a parar o Trevo da BR 282. Em Criciúma (SC), eles reforçaram o ato em Araranguá e bloquearam a BR-101. Em Blumenau, a paralisação foi deliberada em assembleia da categoria, realizada em 23 de junho. A programação se estendeu por todo o dia, começando às 8 horas, na Praça da Prefeitura, e encerrando no final da tarde, com assembleia da campanha salarial. Juntamente com o Movimento dos Sem Terra (MST), eles também fecharam a BR 101, no trecho Norte Navegantes, e a entrada do Porto.
Em Florianópolis, assembleia realizada no pátio do Departamento de Limpeza Pública (Limpu) deliberou pela adesão à greve. Também houve assembleia na Praça Tancredo Neves com os servidores da Prefeitura e da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap). Os municipais participaram do ato no Terminal do Centro da Capital e da caminhada até a Praça XV. Também ocorreram atos em Lages, Araranguá, Caçador, Itajaí e Joinville.
Grande ato na Avenida Paulista
Em São Paulo, os municipais da Capital se concentraram, no início da tarde, em frente à Autarquia Hospitalar. Depois seguiram para o grande ato na Avenida Paulista, onde se encontraram com os municipais de Diadema e a secretária nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT, Jandyra Uehara. Em São Bernardo do Campo, a concentração foi pela manhã, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos. Os trabalhadores caminharam pela Marechal Deodoro, com destino à Praça Matriz, para marcar a Greve Geral no ABC Paulista. Em São José dos Campos, os servidores ocuparam a frente do Paço Municipal. Em Limeira, eles participaram de ato unificado no município.
No Ceará, servidores de diversos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza, entre eles Maracanaú e Caucaia, ocuparam as ruas da Capital. A concentração iniciou às 9 horas, na Praça da Bandeira, de onde os manifestantes saíram em passeata pelas ruas do Centro da cidade até a Praça do Ferreira. A atividade contou com a participação da presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), Vilani Oliveira, da secretária nacional de Relações do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Graça Costa, e da secretária da Mulher Trabalhadora da Confetam/CUT, Ozaneide de Paulo.
Fechamento da BR 116
No Cariri cearense, os municipais se concentraram pela manhã na Praça São Vicente, de onde saíram em passeata pelas principais ruas do Crato. Em Barbalha, a manifestação se concentrou em frente a RFFSA e seguiu para a CE 060, que foi bloqueada. Os servidores de Jardim, Missão Velha e Brejo Santo reforçaram o ato regional. No Vale do Jaguaribe, municipários de Tabuleiro do Norte e de diversos municípios da Região participaram do ato unificado que fechou a BR 116, na altura do Triângulo de Jaguaribara.
Também foram registrados atos em Itapipoca, que reuniu servidores das prefeituras da Região Norte, entre elas Tururu, Uruburetama e Amontada; Quixadá, da qual participaram trabalhadores dos municípios do Sertão cearense, como Ibaretama, Banabuiú, Choró e Ibicuitinga; e Itapipoca, que foi fortalecida pelos municipais da Região Norte, entre eles Turutu e Uruburetama. Foram registrados ainda atos públicos em Monsenhor Tabosa e Iguatu.
Municipais exigem oposição dos parlamentares
Em Goiás, os servidores de Valparaíso paralisaram os trabalhos para aderir ao ato em frente à Câmara Municipal. Eles exigiram da Prefeitura a abertura de canais de diálogo para negociar a pauta de reivindicações da categoria e cobraram dos vereadores apoio à manutenção dos direitos trabalhistas e previdenciários, ameaçados pelo governo ilegítimo. Os servidores pediram aos parlamentares que façam uma interlocução com deputados federais e senadores para que votem contra a destruição da CLT e da Previdência Social.
Em Minas Gerais, os municipais da Região do Vale do Aço participaram de mobilização unificada dos trabalhadores de Coronel Fabriciano e Timóteo. O ato iniciou pela manhã, na Praça 29 de Abril, e prosseguiu com caminhada até a Praça 1º de Maio. Houve ainda ato regional em Ipatinga, começando na Praça Caratinga e encerrando na Praça dos Três Poderes. Os servidores dos municípios de João Monlevade e Alvinópolis também participaram das mobilizações no Estado.
Protesto na casa do deputado Osmar Serraglio
No Paraná, os trabalhadores dos municípios participaram de atos por todo Estado. Junto às centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, eles animaram as manifestações em Curitiba, Guarapuava, Araucária, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Paranavaí e Ponta Grossa. Em Umuarama, eles se concentraram pela manhã na praça Santos Dumont e seguiram em passeata até a casa do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB/PR) para avisar: "se votar contra o povo não volta". Os municipais exigiram que o parlamentar vote contra as reformas do desgoverno do presidente ilegítimo Michel Temer, denunciado por corrupção passiva pela Procuradoria Geral da República.
Na Bahia, os servidores municipais do Estado engrossaram a mobilização em Salvador. Os protestos na Capital começaram às 6 horas, no Iguatemi, onde se formou uma grande fila de ônibus que começava na frente ao shopping e seguia até o Bradesco da Avenida ACM. À tarde, por volta das 15 horas, o ato ocorreu no Campo Grande.
Prefeito de Maceió transfere feriado
Em Alagoas, os servidores públicos municipais de Maceió e Região Metropolitana juntaram-se aos rodoviários, bancários e trabalhadores da Educação no ato da Greve Geral na Capital do Estado. O prefeito Rui Palmeira transferiu o feriado municipal de Floriano Peixoto, comemorado na quinta-feira (29), para a sexta-feira (30), data da paralisação nacional. No município de Água Branca, os servidores da Prefeitura também aderiram à greve.
Na Paraíba, o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Itapororoca (Sinspmi) convocou a categoria a parar as atividades em protesto contra as arbitrariedades de Temer. Em Pernambuco, os servidores municipais de Abreu e Lima e de diversos municípios do Estado pararam para engrossar o ato da Greve Geral na Capital Recife, realizado na Praça do Derby. Em Rondônia, a categoria participou do ato em Porto Velho. Em Roraima, eles fortaleceram a manifestação em Boa Vista.