Greve dos servidores de Jaraguá do Sul completa um mês
Logo mais às 18 horas, a categoria se reúne em assembleia para deliberar sobre os rumos da paralisação, que prossegue por tempo indeterminado
Publicado: 06 Abril, 2017 - 14h49
Escrito por: Sinsep Jaraguá do Sul
Deflagrada no dia 6 março, a greve dos servidores públicos municipais de Jaraguá do Sul completa hoje um mês. Logo mais às 18 horas, a categoria se reúne em assembleia, no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Vestuário (STIVestuário), para deliberar sobre os próximos passos da paralisação contra o pacote de maldades do prefeito Antídio Lunelli, que retira direitos dos servidores.
Mais uma vez, o prefeito não compareceu à audiência no Ministério Publico do Trabalho, realizada ontem (5), em Joinville, e os seus prepostos não tiveram qualquer autonomia de decisão frente às indagações dos representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsep) e do procurador do Trabalho, Guilherme Kirtschig.
A administração municipal manteve a intransigência, não negociou e continua apostando na intimidação e no sufocamento da greve por meio de medidas judiciais.
A audiência de mediação não foi suficiente para convencer a gestão a avançar nas negociações. Os representantes do município disseram que não existe outra proposta diferente daquela apresentada no dia 3 de abril e que já havia sido rejeitada durante Assembleia Geral da categoria, ocorrida no mesmo dia.
Participaram da audiência com o procurador do Trabalho o presidente do Sinsep, Luiz Cezar Schorner, a diretora Mari Câmara e a assessora jurídica da entidade, advogada Simone Mohr. Representando o município, estiveram presentes o secretário de Administração, Argos Burgardt, e o procurador geral, advogado Benedito Carlos Noronha. O Sinsep reforça que, sem avanço nas negociações, a greve continua por tempo indeterminado.
Prefeitura ataca com de demissão de temporários
No início da noite de ontem (5), o Sinsep reuniu os servidores admitidos em caráter temporário (ACTs) para comunicar a informação repassada pelo procurador geral do município e confirmada pelo secretário de Administração, Argos Burgardt, de que todos seriam demitidos, caso não retornassem ao trabalho hoje (6), sob o argumento de que o objetivo da contratação do ACT é o de cobrir o afastamento de um servidor efetivo.
O Sindicato assumiu a obrigação de orientar sobre as medidas que serão tomadas pela administração para que os servidores não fossem surpreendidos com a demissão. A alternativa discutida com o grupo foi de retornar ao trabalho hoje (6) e de participar da assembleia de logo mais à noite.
A entidade entende que esta é mais uma forma de o prefeito tentar intimidar os servidores para enfraquecer o movimento, tendo como alvo os servidores ACTs, contratados de forma mais vulnerável e que mais têm prejuízo com o pacote de maldades de Antídio Lunelli.
A assessoria jurídica do Sinsep entende que, se as demissões arbitrárias acontecerem, são possíveis de serem revertidas no Judiciário, e colocou-se à disposição para defender os servidores ACTs.
Edição Déborah Lima