Eleitores dizem que Haddad defende os pobres e Bolsonaro os ricos
Para 70% dos eleitores que ganham mais de 5 salários mínimos, Bolsonaro é visto como representante dos ricos. Para 62% dos que ganham até 1 salário mínimo, Haddad é visto como defensor dos mais pobres
Publicado: 16 Outubro, 2018 - 16h27
Escrito por: Redação CUT
A primeira pesquisa Ibope sobre cenários para o segundo turno das eleições mostra que o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) que, para a maioria dos eleitores representa os empresários e a elite brasileira, tem 59% dos votos válidos. Já o candidato do PT, Fernando Haddad, que a absoluta maioria diz representar os mais pobres, tem 41%. A soma dos votos válidos exclui os brancos e nulos.
A maioria do eleitorado brasileiro identifica Bolsonaro como o principal representante dos interesses dos ricos, dos bancos, agricultores e dos empresários, enquanto Fernando Haddad (PT) é o mais associado à defesa dos pobres, dos trabalhadores e das mulheres.
O resultado foi constatado na pesquisa Ibope, divulgada nesta segunda-feira (15), a primeira com cenários de segundo turno das eleições, que perguntou aos eleitores “quem representa melhor os interesses” deles em uma série de setores.
Para 65%, Bolsonaro defende os interesses dos mais ricos, contra 22% de Haddad.
Entre os eleitores que ganham mais de cinco salários mínimos, o presidenciável do PSL é visto por 70% como representante da elite. Outros 37% dizem que Bolsonaro representa os pobres.
Já entre os eleitores com menor poder aquisitivo, 48% dizem que Haddad defende os interesses dos mais pobres.
Entre os que ganham até um salário mínimo, Haddad é visto como defensor dos direitos dos mais pobres por 62% dos eleitores.
O Ibope avaliou a imagem dos candidatos como defensores dos seguintes temas: agricultura (42% Bolsonaro ante 40% de Haddad), defesa do meio ambiente (40% Bolsonaro e 39% para Haddad), aposentados (39% para Bolsonaro, 44% para Haddad) e jovens (46% Bolsonaro, ante 39% de Haddad).
Metodologia
O Ibope informa ter ouvido 2.506 eleitores no sábado e no domingo (13 e 14). A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi contratada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela TV Globo.