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Protestos “Fora Temer” invadem as ruas de todo o Brasil

Nesta segunda-feira (5), o senador Lindbergh Farias e o deputado federal Paulo Teixeira participaram de uma coletiva de imprensa, no Sindicato dos Jornalistas de SP, para denunciar a violência da PM

Publicado: 05 Setembro, 2016 - 17h56

Escrito por: CUT Nacional

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Em São Paulo, 100 mil exigiram a saída do golpista Michel Temer da Presidência

“Fora Temer – Fora Temer – Fora Temer”: esta foi a frase mais repetida no dia de ontem, domingo (4), por todos os cantos do Brasil, quando milhares de pessoas foram às ruas expressar sua indignação ao golpe de Estado consolidado no País no último dia 31, com a conclusão do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente por 54 milhões de brasileiros, e a posse do golpista Michel Temer (PMDB/SP) à presidência da República.

Em vários estados, os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, formadas por entidades dos movimentos sociais, entre elas, a CUT. Em São Paulo, na capital, onde ocorreu um dos maiores atos, mais de 100 mil manifestantes lotaram a Avenida Paulista e seguiram em caminhada até o Largo da Batata, em Pinheiros, zona Oeste da cidade.

Repressão

Em São Paulo, já ao final do ato, quando grande parte das pessoas começava a se dispersar do Largo da Batata, a Polícia Militar entrou em confronto com manifestantes.

Antes da manifestação  começar, 27 pessoas foram detidas em dois pontos distintos da cidade e conduzidas ao Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Segundo advogados que acompanham o caso, a Polícia ainda não apresentou as razões pelas quais as detenções foram realizadas, mas afirma que eles se dirigiram ao ato realizado na Paulista.

Nesta segunda-feira (5) às 11h, o senador Lindbergh Farias, o deputado federal Paulo Teixeira e representantes de movimentos participaram de uma coletiva de imprensa, em São Paulo, no Sindicato dos Jornalistas, para denunciar a violência da PM Paulista de Geraldo Alckmin.

Atos pelo Brasil

As manifestações em todo o País foram marcadas pela forte repressão da Polícia Militar. Além de São Paulo, há informações de que em Belém a Polícia armou uma verdadeira praça de guerra. Também temos informações de ações violentas da polícia em Florianópolis e em Vitória.

Grandes atos aconteceram no Rio de Janeiro, Curitiba, além de Belém, Florianópolis e Mato Grosso:

Rio de Janeiro/RJ – mais de 5 mil pessoas participaram do ato em Copacabana

http://www.cutrj.org.br/noticias/domingo-e-dia-de-lutar-e-resistir-nas-ruas-f3a4/

Curitiba/PR – mais de 4 mil pessoas lotaram a Praça 19 de Dezembro e seguiram em caminhada para a Praça da Espanha, no Batel, encerrando a marcha na Boca Maldita, no centro de Curitiba.

http://www.cutpr.org.br/destaques/2029/fora-temer-em-curitiba-leva-quatro-mil-pessoas-as-ruas-neste-domingo

Florianópolis/SC – 7 mil pessoas participaram do ato no centro

Cuiabá/MT – caminhada com centenas de pessoas, na Av. Prainha

É golpe sim!

Dois dias após impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o Senado Federal, responsável pelo julgamento do processo, aprovou lei que permite “pedaladas fiscais”. Os senadores votaram a favor da flexibilização de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional, ou seja, o argumento que serviu como base para julgar e afastar a presidenta por "crime", tornou-se uma medida legal algumas horas depois.

A sanção da Lei 13.332/2016, publicada no Diário Oficial da União de sexta-feira (2), fez aumentar a indignação de grande parte da população diante do golpe e estimulou milhares de pessoas a saírem às ruas no último domingo.

A alegação do governo é que a mudança torna a gestão orçamentária mais flexível, permitindo, inclusive, o remanejamento de despesas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A lei aprovada também permite a possibilidade de o governo cancelar recursos incluídos por emendas coletivas do Congresso Nacional, exceto as de execução obrigatória previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e direcionar os recursos para outras áreas de seu interesse.

Com informações do Brasil de Fato e Agência Senado