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Fora Bolsonaro: #24J será maior, com unidade e mobilização contra a Reforma Administrativa

A CUT e a Confetam se organizam para que o Fora Bolsonaro do dia 24 seja maior do que os anteriores. Dirigentes avisam: setores divergentes, que convergem na pauta do impeachment, serão bem vindos

Publicado: 19 Julho, 2021 - 17h56

Escrito por: Rosely Rocha

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A CUT organiza, em conjunto com os movimentos sociais que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, um grande ato pelo ‘Fora, Bolsonaro’, contra o desemprego e a fome; pelo auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia; por vacina já para todes, contra a reforma Administrativa e as privatizações.

Marcados para este sábado (24), os atos nacionais ocorrerão nas capitais e nas cidades do interior do país com o apoio da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal (Confetam/CT), federações estaduais filiadas e sindicatos municipais da categoria. 

Os dirigentes CUTistas estão otimistas e acreditam que este ato será o maior dos três já realizados este ano, em 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho.  

Para fortalecer o ato e obrigar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a pautar um dos 120 pedidos de impeachment de Bolsonaro, inclusive o superpedido protocolocado pela Central, partidos políticos e movimentos sociais, estão sendo organizadas plenárias estaduais com os participantes da campanha ‘Fora, Bolsonaro’. O objetivo é, inclusive, ampliar a participação  de todos os segmentos que defendem o fim deste governo genocida.

A unidade política dos movimentos sociais e de outros setores da sociedade para que o ato seja o maior registrado até hoje é destacada pelo secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo, e pelo diretor da Executiva Nacional da CUT, Milton dos Santos Rezende, o Miltinho. Segundo eles, serão muito bem vindos aqueles que quiserem se juntar a CUT e aos movimentos sociais na ocupação das ruas com a bandeira ‘fora, Bolsonaro’.

"Tem de ter unidade entre diversos setores, apesar das nossas opiniões diferentes. Neste momento, é preciso abandonar essas diferenças e caminhar no que é convergente, no que nos unifica, que é tirar Bolsonaro do poder" - Ariovaldo de Camargo

Quem quer o fim deste governo, o fim das mortes, que traga a sua bandeira para as ruas, independentemente de ideologia, complementa o diretor executivo Miltinho, que explica as razões para o povo ir às ruas.

“Este é um governo que não cuida da saúde, da educação, do emprego e da renda. A cada dia aumenta a fome e a miséria. Não dá mais para suportar. É preciso botar para fora Jair Messias Bolsonaro”, pontua o dirigente.

A atual conjuntura dramática, tanto do ponto de vista político quanto do sanitário por causa da pandemia, que deve contabilizar até o próximo mês, 600 mil mortos no país, pelo descaso de um governo negacionista, que demorou a comprar as vacinas, pelas suspeitas de corrupção de integrantes do Ministério da Saúde com o envolvimento de militares; os 14,7% de desempregados; os  desalentados e a fome que atinge 25 milhões de brasileiros e brasileiras são mais do que motivos suficientes para o povo pedir ‘Fora, Bolsonaro’, ressalta Ariovaldo listando algumas das tragédias do desgoverno.

O secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional   reforça que é fundamental que os sindicatos CUTistas e os movimentos sociais organizados estejam nas ruas em peso para que o dia 24 supere as expectativas.

“A população já percebe que é preciso pôr um fim a este governo que faz escolhas desastrosas para a sociedade, e isto só será possível com manifestações nas ruas, para que Arthur Lira abra o processo de impeachment “, afirma Ariovaldo Camargo, se referindo as pesquisas sobre o impeachment e a imagem de Bolsonaro.

A última pesquisa Datafolha, realizada nos dias 7 e 8 de julho, mostrou que 54% dos brasileiros são a favor do impeachment de Bolsonaro. Para 51%, ele é um presidente ruim ou péssimo.

A pesquisa também mostrou que para a maioria dos brasileiros Bolsonaro é desonesto, falso, incompetente, despreparado, indeciso, autoritário, favorece os ricos e mostra pouca inteligência.

Bolsonaro, destruidor de políticas públicas

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, ressalta que o impeachment de Bolsonaro é para preservar as políticas públicas que estão garantidas na Constituição Cidadã, de 1988 e, para isso é preciso ir às ruas, se manifestar.

Segundo Heleno, com as propostas de privatização e cortes no orçamento em áreas essenciais, o governo quer que a população pague pelos serviços  que hoje são  públicos , numa postura de destruição completa do papel do Estado no atendimento das políticas públicas.

“Se o povo permitir será o caos e, pior do que já está. Por isso, é preciso ocupar as ruas tanto os movimentos organizados, como a população em geral”.

“Tirar as pessoas da miséria, reduzir a pobreza é o mínimo que um Estado deve fazer, mas Bolsonaro acha que isto é transformar a bandeira brasileira de verde e amarela em vermelha”, acrescenta Heleno.

O dirigente cita como exemplo de desmonte os R$ 38 bilhões retirados da educação, a partir de 2015, e que o atual governo ainda privilegia os militares com mais verbas para a Defesa.

“O país não está em guerra para retirar recursos da educação para os militares. É um tratamento desigual. Este já é um grande motivo para os professores e educadores ocuparem as ruas”, convoca o presidente da CNTE.

Cuidados sanitários

O diretor da CUT, Miltinho, reforça que é importante o povo ir para as ruas no dia 24 de Julho tomando todos os cuidados necessários para se proteger do novo coronavírus, como o uso de máscaras, álcool em gel e evitar aglomeração sempre que possível.

“Vamos levar as nossas bandeiras de reivindicação e de luta, pedindo o fim deste governo, mas também vamos protegidos com álcool em gel , máscara e evitar aglomeração. Todo cuidado sanitário é muito importante”, reforça o diretor da CUT.

Organização dos atos

Faltando pouco mais de uma semana para o ‘Fora, Bolsonaro’ algumas capitais e cidades já têm parte da programação agendada. Em breve outras localidades serão acrescidas à lista. Confira.

Alagoas (Maceió) – 9h - Concentração na Praça dos Martírios

Rio de Janeiro (RJ) -10h – Concentração na Avenida Presidente Vargas, em frente ao Monumento Zumbi dos Palmares 

CUT-RJCUT-RJCUT-RJ

 

Maranhão (São Luís) - 9h - Praça Deodoro

CUT-MACUT-MACUT-MA

 

Goiás (Goiânia )– 10 h- Praça do Trabalhador 

CUT-GOCUT-GOCUT-GO

Piauí (Teresina) - 8h - Concentração na Praça Rio Branco

Mato Grosso do Sul - ( Campo Grande ) 9h - Praça do Rádio

CUT-MSCUT-MSCUT-MS

São Paulo (SP) - 15h – na Avenida Paulista, em frente ao MASP

Ceará (Fortaleza) - 15h - Praça Portugal

CUT-CECUT-CECUT-CE

Santa Catarina

Em Santa Catarina a expectativa é que 40 cidades, entre elas a capital Florianópolis, estejam organizadas manifestações no Dia Nacional de Mobilização. Por enquanto os horários e locais marcados são os seguintes:

Jaraguá do Sul – 9h - Praça Ângelo Piazera

Criciúma – 9h30 - Rua da Arquibancada (ao lado do Parque das Nações) –

Joinville - 9h30 -  Praça da Bandeira

Rio do Sul – 9h30- Praça da Catedral 

Brusque  - 10h - Ponte Estaiada

Chapecó – 14h - em frente à Catedral

Tubarão – 14h - Praça da Igreja (Matriz das Oficinas)

Garopaba - 15h – Rua Álvaro E. dos Santos

Rondônia

Porto Velho – 16h – Campo Florestão, Avenida Jatuarana 

CUT-ROCUT-ROCUT-RO 

Exterior

Portugal, cidade do Porto – 16h30 – ( hora local) - em frente ao Centro Português de Fotografia

 

*Edição: Marize Muniz e Déborah Lima