Depois de 48 dias de greve, professores de Maracanaú (CE) voltaram hoje ao trabalho
Negociação para encerramento da greve foi feita pelo Suprema e o prefeito Firmo Camurça.
Publicado: 20 Novembro, 2017 - 13h49
Escrito por: O POVO online
Após 48 dias de paralisação, foi colocado um ponto final na greve dos professores de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A negociação foi feita entre o Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema) e a Prefeitura. Em decorrência do acordo, a categoria desocupou, depois de 15 dias, a sede da Câmara Municipal e os educadores devem retornar às atividades até a próxima segunda-feira, 20, reposicionando seus calendários de aulas.
O principal ponto negociado foi o compromisso do Poder Executivo em implantar a progressão do Plano de Cargos, Carreira e Remunerações – PCCR (aprovado pela Lei 2.567/2016) em março de 2018, desde que o impacto seja limitado a 0,5% (meio por cento) do total da folha de pagamento do Magistério. O acordo determina ainda que a Prefeitura renunciará às multas contra o Sindicato, no valor de R$ 470 mil, definidas anteriormente pela Justiça.
Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura assegurou que “não haverá processo administrativo disciplinar contra qualquer professor em razão da greve”. Confirmou ainda a devolução integral, até 21 de novembro, dos valores descontados dos salários, auxílio-transporte e vale-transporte do período compreendido entre 3 e 20 de outubro, bem como não efetuará qualquer desconto do período entre 21 de outubro e 17 de novembro. A Prefeitura também ficou de analisar os casos de perda do auxílio-transporte em virtude da Lei nº 2.660/2017.
Os pontos acordados foram definidos na manhã desta sexta-feira, 17, no Palácio Antônio Gonçalves, com a presença do prefeito Firmo Camurça, do secretário de Educação, Marcelo Farias, da presidente do Suprema, Joana D’Arc Ferreira Lopes, e da diretora de Formação Sindical, Vilani de Sousa Oliveira, presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT). Além dos professores Cícero Avelino, Janaína Santana, Nívea Marques e Pedro Hermano.
Durante assembleia da categoria, os professores concordaram com os pontos negociados, oficializando o fim da paralisação.