Conta de luz deve subir em média 12% em todo país
Mais um aumento! A população brasileira, principalmente a que vive na região Nordeste, deve se preparar para pagar mais caro pela tarifa de energia elétrica este ano.
Publicado: 17 Maio, 2022 - 09h49
Escrito por: Thiago Marinho
Mais um aumento! A população brasileira, principalmente a que vive na região Nordeste, deve se preparar para pagar mais caro pela tarifa de energia elétrica este ano. Não bastassem os aumentos em 2021 que chegaram a mais de 20% em alguns estados, dependendo da distribuidora, a previsão é que em média no país o reajuste chegue a 12%.
A previsão é da empresa privada pela TR Soluções —empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia, que, no entanto, não calculou os impactos dos impostos (que variam de estado para estado), nem a bandeira tarifária, que elevam ainda mais o valor da conta a ser paga pelo consumidor. A reportagem é da Folha de São Paulo.
Pelas contas da empresa, o Nordeste terá alta de 17%; o Norte sofrerá com mais 10%; o Centro-Oeste terá 9,5% de reajuste; o Sudeste com 13% e a única baixa em comparação com o ano passado será no Sul com 3%.
No entanto, para o engenheiro elétrico da Eletrobras Ikaro Chaves, por não levar em conta os demais encargos e a utilização das hidrelétricas e termoelétricas esses números podem ser menores ou maiores.
De acordo com ele, o alto valor pago pelos consumidores têm mais a ver com a política equivocada para o setor que o governo federal vem utilizando. Ikaro lembra que uma das maiores responsáveis pelo aumento nas contas de energia é a Política de Preços Internacionais (PPI), da Petrobras, que cobra em dólar pelos combustíveis que são utilizados pelas usinas termoelétricas, responsáveis por parte do abastecimento nas regiões mais distantes dos grandes centros.
Os constantes reajustes nos preços da energia elétricas estão levando alguns parlamentares a apresentar projetos para forçar a diminuição nesses valores. Porém, segundo o engenheiro da Eletrobras, os que foram apresentados até agora têm caráter eleitoreiro e não resolvem a questão.
“O problema é estrutural, não mexe na raiz, como o projeto de transferir pro orçamento da União os custos com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Ora, isso vai fazer com que o consumidor pobre pague pelo o que o rico consome de energia, que normalmente é muito do que uma família com menos recursos, que tem menos equipamentos elétricos”, diz Ikaro.
Com informações da Folha de São Paulo.