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Combate ao racismo na saúde é tema de debate com estudantes de universidade do Ceará

Publicado: 03 Junho, 2024 - 10h45 | Última modificação: 06 Junho, 2024 - 19h18

Escrito por: Nathan Gomes

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No último dia 29 de maio, a professora Vilaní Oliveira, militante do Movimento Negro Unificado (MNU) e Secretária de Combate ao Racismo da Confetam, participou de uma roda de conversa com alunos do curso de fisioterapia da Universidade de Fortaleza (Unifor), no Ceará. O encontro, promovido por iniciativa de professores e alunos, teve como objetivo discutir a promoção de atendimentos humanizados à população negra, historicamente tratados de forma desumanizada na medicina.

A professora Vilaní iniciou a conversa citando Ângela Davis: “Numa sociedade racista, não basta não ser racista, é necessário ser antirracista.” Dessa forma, ela apontou a necessidade de pessoas brancas assumirem atitudes antirracistas e a relevância de referências negras nas ciências, história e artes, citando figuras de destaque, como o jogador Vini Jr., a jornalista Maju Coutinho e o ator Lázaro Ramos, para enfatizar a relevância de se dar visibilidade à literatura e à cultura produzida por negros.

Ela também abordou a história da abolição da escravatura no Brasil, destacando a falta de amparo aos ex-escravizados e as consequências disso na atualidade. Dados como o genocídio da juventude negra, a alta taxa de desemprego entre negros (63,7%), a subrepresentação nos espaços de poder e a disparidade salarial foram apresentados para ilustrar a realidade cruel e desumana do racismo.

Vilaní enfatizou a necessidade de políticas afirmativas, como a Lei de Cotas, que tem aumentado o acesso de negros à academia. Ela convocou pessoas não negras a se informarem e se engajarem na luta antirracista, afirmando que a participação de aliados bem informados é crucial para combater o racismo sistêmico.