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BNCC não reflete diversidade brasileira, afirma Confetam/CUT

Entidade exige tempo para aprofundar a discussão sobre a Base Nacional Comum Curricular com a sociedade, de maneira que proposta não seja construída de cima para baixo

Publicado: 25 Agosto, 2017 - 21h14

Escrito por: Déborah Lima

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Paula Leite é secretária de Finanças da Confetam/CUT

A secretária de Finanças da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), Paula Leite, participou nesta sexta-feira (25), em São Paulo, da quarta das cinco audiências públicas regionais convocadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) para discutir a norma instituidora da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento de caráter normativo que define os direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para todas as crianças, jovens e adultos em escolas de Educação básica do Brasil.

Em discurso muito aplaudido, a dirigente denunciou que o governo ilegítimo não valoriza a realidade de uma sociedade tão diversificada como a brasileira, criticando a ausência de temas transversais na BNCC. "Aqui tem muita gente batendo na proposta, mas poucos fazem reflexões sobre o risco que a Educação infantil e o ensino fundamental estão correndo na mão desse governo golpista, segregador, antidemocrático, sexista e homofóbico. Tem também muitas entidades que estão aprovando e elogiando a proposta do CNE", alfinetou. 

Integrante do Coletivo de Educação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Paulo (Sindsep-SP), Maciel Nascimento também representou a Confetam/CUT na atividade. Ele reclamou da pressa em aprovar a BNCC e solicitou que o governo federal adie a votação para aprofundar a discussão com as bases e com os professores, de maneira que não seja construída uma proposta de cima para baixo.

Confetam acompanha de perto

Preocupada com a condução do processo pelo desgoverno Temer, a Confetam/CUT vem acompanhando de perto a série de audiências, que encerra no dia 11 de setembro, em Brasília. Na terceira delas, realizada em Florianópolis (SC) no dia 11 de agosto, a entidade foi representada pela secretária-geral, Jucélia Vargas. Na ocasião, educadores, estudantes, mães, pais e movimentos ligados à Educação fizeram um grande protesto, em frente a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), contra os fóruns convocados pelo CNE.

"Na audiência da Região Sul, várias entidades se manifestaram contra, e a Confetam informou que em todas as outras cinco regionais nossa entidade estaria se posicionando contra mais esse ataque à Educação", afirmou Jucélia Vargas. As entidades acusam o documento de ilegítimo por ter sido elaborado sem a participação dos integrantes do Fórum Nacional de Educação (FNE), excluídos das discussões, que se limitaram ao espaço do Ministério da Educação (MEC).

Municipais presentes

Os debates iniciaram pela Região Norte, no dia 7 de julho, em Manaus (AM), onde a Confetam/CUT foi representada pela diretora Sirdennys Santana; seguiram pelo Nordeste, no dia 28 de julho, em Recife (PE), sendo a entidade representada pelo secretário de Igualdade Racial, Paulo Freitas; prosseguiram no Sul, em Florianópolis (SC), dia 11 de agosto, com a presença da secretária-geral da entidade; e continuaram no Sudeste, em São Paulo, nesta sexta (25/08); encerrando no Centro Oeste, dia 11 de setembro, em Brasília (DF).

Calendário das audiências públicas do BNCC

Amazonas - 7 de julho

Recife - 28 de julho

Florianópolis - 11 de agosto

São Paulo - 25 de agosto

Brasília - 11 de setembro