10 dias de greve e 3 de acampamento pressionam prefeito de São Paulo a receber servidores
Servidores municipais lutam pela valorização dos trabalhadores de níveis básico e médio, e protestam contra achatamento salarial
Publicado: 14 Novembro, 2019 - 14h21
Escrito por: Déborah Lima com informações do Sindsep/SP
No 10º dia de greve e no terceiro dia de acampamento da resistência pela valorização salarial, os servidores dos níveis básico (Agentes de Apoio) e médio (Assistentes de Gestão de Políticas Públicas - AGPPs e Assistentes de Suporte Técnico - ASTs) permanecem firmes na vigília montada na última terça-feira (12), em frente a Prefeitura de São Paulo. Eles pressionam o prefeito Bruno Covas e prometem só deixar o local quando forem recebidos para negociar.
Nem embaixo de chuva o movimento desanima. Na manhã desta quinta-feira (14), dirigentes do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), trabalhadores da ativa e aposentados fizeram piquete na Praça de Atendimento da Secretaria Municipal da Fazenda. O clima pacífico entre os servidores contrastava com a presença ostensiva da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Policia Militar (PM).
"Segurança" para intimidar grevistas
Armados até os dentes e com seis viaturas à disposição, homens das forças de "segurança" observavam de perto o movimento animado dos trabalhadores. O contingente de policiais e de guardas enviados ao local era desproporcional. Segundo o Sindsep, o aparato montado para intimidar os trabalhadores era maior que o destacado para garantir a segurança de todo o Centro da cidade.
Desde às 14h, os grevistas estão reunidos em Assembleia em frente à Secretaria Municipal de Finanças, na Praça do Patriarca, ao lado do prédio da prefeitura. "Vamos lotar a Praça do Patriarca e cobrar do prefeito Bruno Covas o nosso direito à recuperação dos valores de nossos salários e aposentadorias", avisou a direção do Sindsep/SP.
Trabalhadores exigem proposta digna
Entre as exigências dos grevistas está a apresentação de uma proposta de reestruturação das carreiras digna, que atenda às necessidades dos servidores e valorize todos os trabalhadores que fazem a máquina municipal funcionar.
A categoria está insatisfeita com o envio à Câmara Municipal pela prefeitura de projeto que não prevê ganho para 70% da categoria, com o agravante de que os trabalhadores já não recebem reajuste salarial há seis anos. Os abonos de R$ 200 para os agentes de apoio e de R$ 300 para os AGPPs seriam extintos após a aprovação do projeto
Fonte: Sindsep/SP