MENU

Formalização do trabalho é uma prioridade, diz o Diretor Geral da OIT

“É necessário manter as políticas centradas na criação de emprego”, disse Ryder. Comentou que em nível mundial a taxa de desocupação continua aumentando e, portanto, “temos que pensar nesse desafio”.

Publicado: 04 Fevereiro, 2013 - 00h00

notice

BUENOS AIRES (Notícias da OIT) – “Temos que pensar mais no emprego”, pediu o Diretor Geral da OIT, Guy Ryder, durante uma visita de dois dias a Argentina durante a qual destacou a necessidade de manter como prioridade a criação de mais e melhores empregos e de ficar atento diante dos possíveis efeitos de uma crise que gera incerteza sobre o destino das economias.
Ryder realizou uma visita oficial a Argentina nos dias 28 e 29 de janeiro. Na segunda-feira, teve um encontro com a presidenta Cristina Fernández de Kirchner depois de participar de um ato oficial. O Diretor Geral da OIT destacou que discutiu com a presidente temas da agenda internacional, incluindo a importância de colocar a geração de emprego como uma prioridade nos debates do G20.
“É necessário manter as políticas centradas na criação de emprego”, disse Ryder. Comentou que em nível mundial a taxa de desocupação continua aumentando e, portanto, “temos que pensar nesse desafio”.
O Diretor Geral da OIT reuniu-se com o ministro do Trabalho, Emprego e Seguridade Social, Carlos Tomada, e com alguns de seus principais colaboradores.
Durante sua permanência em Buenos Aires o Diretor Geral da OIT teve reuniões separadas com dirigentes de quatro organizações de trabalhadores. Também manteve reunião com os principais dirigentes empresariais na sede da União Industrial Argentina.
Depois de reunir-se com os representantes do governo, empresários e sindicatos, Ryder comentou que “vejo um compromisso com o emprego e a inclusão social” e destacou que a Argentina e outros países da região, embora possa terem registrado uma desaceleração do crescimento ou uma alta dose de incerteza, “o ambiente é muito mais positivo” que em outras regiões onde a crise está piorando.
“Um jovem espanhol tem mais possibilidades de não ter trabalho do que de ter trabalho”, disse, ao referir-se a uma situação de crise “difícil de imaginar”.
“Vejo a Argentina bem preparada, ainda que haja desafios importantes, também para outros países latino-americanos”, disse Ryder.
Recordou que na América Latina o desemprego caiu e que a região conseguiu resistir bem à crise, mas destacou que está em pé o desafio de gerar empregos de qualidade, o que equivale a tomar medidas concretas para reduzir a informalidade, “um fenômeno complicado”.
De acordo com estimativas da OIT, a informalidade na América Latina afeta 47 por cento dos ocupados no emprego não agrícola. Ryder disse que em suas entrevistas todos os interlocutores sociais apresentaram preocupação por esta situação na Argentina, onde o índice chegaria 35 por cento.
“A formalização do trabalho é um desafio de nossos tempos, e é uma responsabilidade compartilhada de governos, trabalhadores e empregadores”, disse o Diretor Geral da OIT durante sua visita a Argentina, a primeira que realiza a este país desde que assumiu seu atual cargo em lº de outubro de 2012.
Guy Ryder continua sua visita pela América Latina no Peru, onde ficará até 1º de fevereiro.
Fonte: OIT -  www.oitbrasil.org.br