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Cultura do Silêncio não pode moldar a Ação Sindical

Se existe uma personalidade que teve a sua vida moldada pela ousadia da palavra esse foi Paulo Freire.

Publicado: 09 Abril, 2013 - 00h00

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Aliás, continua sendo pois, para o Sociólogo da Universidade de Brasília "Paulo Freire ainda não tem a devida evidência que deveria ter na Sociedade Brasileira."
Paulo Freire identificou a cultura do silêncio. Isso quer dizer que temos o que falar mas não falamos tanto quanto deveríamos; nos tolhiram o poder da fala, nos impediram de pronunciar o Mundo. A Liberdade de Expressão ainda é um exercício elitizado. Nem todo mundo pode se expressar. Não porque não o queira fazê-lo mas porque é cerceado nesse direito constitucional.
Em Freire, a cultura do silêncio é substituída pela ação cultural da liberdade. Em Freire, conhecemos e por conseguinte adotamos um conceito republicano de liberdade. É porque querer vivenciar essa expressão republicana da liberdade e expressá-la, que nos advém grandes entraves.
No Mundo Contemporâneo, a Liberdade de Expressão é crucial para a construção de todas as outras liberdades.
O exercício do direito à liberdade de expressão é condição sine qua non para o exercício de todos os outros direitos.
Segundo o Jornalista Paulo Moreira Leite (autor do famoso livro "A Outra História do Mensalão - as Contradições de Julgamento Político)", a Liberdade de Expressão no Brasil nunca foi tão controlada. O que se tenta estabelecer no Brasil é um Estado Mínimo a fim de desestruturar os direitos históricos do povo brasileiro e nisso estão inclusos, direitos da Classe Trabalhadora.
Desse modo, a grande mídia estabelece sua linha ditatorial para sufocar o Movimento Social. Por isso é importante que cada vez mais a comunicação sindical se fortaleça para que tenhamos a oportunidade de que a Sociedade brasileira conheça a nossa versão dos fatos.
Já o Secretário de Organização do Partido dos Trabalhadores Paulo Frateschi, é hora de chamar o Governo Federal para estabelecer um diálogo mais específico com o Movimento Social sobre a democratização da Democracia. E este Movimento deve fortalecer o trabalho do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) em defesa do Marco Regulatório.
Ainda de acordo com o dirigente nacional petista o Governo Federal, a CUT e o PT não são antagônicos quanto ao novo Marco Regulatório. O recuo do Governo nesse momento quanto ao envio da proposta ao Congresso Nacional é apenas um momento desse grande processo. O que está acontecendo é a discussão das melhores táticas sobre como dar resposta à Sociedade brasileira que exige um na lei de Comunicação com vistas à democracia em seu exercício.
O radialista João Brant (integrante do Coletivo Brasil de Comunicação) afirmou que o fato da CUT Nacional está a frente dessa campanha nacional pela democratização da comunicação, inclusive com Rosane Berttoti como Coordenadora desse processo no FNDC é altamente importante para o Movimento Sindical.
É importante dizer que a Liberdade de Expressão aos cidadãos e cidadãs. Garantir esse direito deve ser a nossa luta. Sem respeito e visibilidade do pluralismo de ideias a Democracia estará ameaçada.
Não devemos abrir mão da aprovação de um novo Marco Regulatório de Comunicação que vem a ser um conjunto de normas discutidas pelo Movimento Social que organize o sistema brasileiro de comunicação de forma democrática. A lei que se tem está desatualizada. Precisamos de uma nova lei para um tempo de pluralidade e diversidade.
Fonte: SINDSEP Quixadá